A pandemia da Covd-19 pegou o mundo de sobressalto. Em pouco tempo, todos tivemos que nos adaptar ao isolamento social e o jeito foi migrar para o universo virtual: estudar, se relacionar com parentes e amigos, trabalhar, fazer compras, realizar pagamentos, tudo ao alcance de um clique. Mesmo aqueles que ainda ofereciam resistência às compras on-line acabaram se rendendo. E assim vários paradigmas foram quebrados e a tendência é que estes novos hábitos sejam incorporados ao cotidiano mesmo quando a crise passar. E dentro deste novo cenário, o vídeo acabou se transformando numa importante ferramenta para profissionais das mais diversas áreas. De acordo com o diretor-executivo do Institute for Technology, Enterpreneurship and Culture (TEC), Rafael Coimbra, em depoimento ao jornal O Estado de S. Paulo, a produção de vídeo por profissionais brasileiros na internet, após a pandemia do novo coronavírus, cresceu 70%. O especialista afirmou que esta tendência é decorrente da necessidade de profissionais das mais diversas áreas se arriscarem na produção de vídeos para manterem seus negócios operando.
De acordo com Rafael, muita gente que nunca havia experimentado o recurso acabou percebendo durante este período que os vídeos, veiculados nas redes sociais e plataformas de streeming, como Youtube, são uma ferramenta eficiente para ajudar a promover seus negócios, “Isso deve criar uma nova cultura e a tendência é que estes profissionais continuem a utilizar esse recurso depois que a quarentena acabar”.
O executivo também destaca que os equipamentos ficaram mais baratos, a internet melhorou e há mais aplicativos no mercado, o que, inclusive, impulsionou o boom das lives (ver artigo publicado sobre o tema). “Hoje a transmissão ao vivo de vídeos pode ser feita com qualidade, de forma simples e em qualquer lugar”, explica. Porém, um dos efeitos desta nova tendência é a fragmentação do consumo da informação nas mídias digitais. Ou seja: cada um assiste ao que quer, onde quer e no dispositivo da sua preferência. E ao mesmo tempo que o fenômeno abre um espaço gigante para a exposição de produtos e serviços, aumenta a dispersão da audiência, o que é um desafio a ser enfrentado. E, neste sentido, os eventos ao vivo são uma forma de sintonizar todos numa mesma frequência. “Se a transmissão for em vídeo, o efeito é amplificado, gerando mais emoção e engajamento”, explica o diretor-executivo do TEC.
Vídeo: recurso necessário
Não tem jeito: neste mundo novo quem quiser se destacar vai ter que vencer a timidez, aprimorar o discurso e encarar o vídeo, com conteúdos relevantes que engajem a audiência e assim ajudem a impulsionar o seu negócio. E como diz a máxima popular: a prática leva à perfeição. Então o jeito é treinar na frente do espelho, encarar as lives, gravar stories e assim se preparar para conteúdos mais elaborados, que podem ser produzidos de forma mais profissional e divulgados em canais de streaming, como o Youtube, ou até mesmo comercializados em plataformas de e-learning na forma de vídeoaulas, por exemplo. A Rush Vídeo, produtora de vídeo em Campinas, interior de São Paulo, tem experiência na produção deste tipo de material e registrou, mesmo durante a pandemia, um aumento neste tipo de demanda. São profissionais das mais diversas áreas, que buscam produzir conteúdos com acabamento profissional, que incluem um roteiro bem elaborado, qualidade de som e imagem, inserção de vinhetas, legendas, trilha sonora, entre outros recursos. Tudo para oferecer a audiência um produto bem-acabado que se destaque frente a concorrência, cada vez mais acirrada, independente do segmento.
A Arte de Improviso
Improvisar na frente das câmeras, aliás, virou rotina nesta quarentena. Muitos profissionais, sobretudo na área de prestação de serviço, utilizaram os recursos digitais para se aproximar da clientela e assegurar a execução do trabalho, ainda que à distância. As videochamadas, antes reservadas para conversas particulares, e até aulas gravadas pelo celular se transformaram em recursos importantes para manter os negócios vivos e a imagem, mais uma vez, alcançou o protagonismo.
Aliás, o celular desponta como uma ferramenta eficiente para quem precisa trabalhar com vídeos e não quer investir em equipamentos. No entanto, é importante escolher um modelo que proporcione uma boa definição de imagem e de som, sob o risco de espantar a audiência com problemas básicos como uma imagem sem definição ou um som inaudível. Dependendo do tipo de serviço prestado, é fundamental ainda dar atenção especial ao planejamento. Neste aspecto, uma dica útil é definir, com clareza, qual o objetivo do vídeo e então colocar no papel os assuntos a serem abordados e os recursos necessários. Na sequência, faça um roteiro. O nível de detalhamento deste material vai depender da complexidade do vídeo e da forma de cada um trabalhar. Às vezes, elencar apenas os tópicos pode ser suficiente. Mas para tudo isso, é preciso investir tempo, observar a postura de profissionais veteranos, que já têm uma audiência estabelecida, e treinar.
Luz, Câmera….Ação
Lembre-se que toda produção audiovisual tem uma etapa de pré-produção, imprescindível para acertar todos os detalhes que acabarão refletidos no vídeo. E, ainda que o set seja caseiro, é preciso dar atenção a alguns detalhes:
Áudio: faça um teste de áudio, observe se não há microfonia, eco ou ruídos no ambiente que podem interferir na qualidade sonora e, consequentemente, no entendimento do seu conteúdo. Investir num microfone de lapela pode ajudar a minimizar o problema dos sons externos, vindos do entorno.
Vídeo: mais uma vez, teste a qualidade, verifique se a imagem está nítida. Feito isso, observe atentamente o enquadramento da câmera. Veja se não há dentro do quadro nenhum objeto fora de contexto, se tudo está em perfeita ordem. O espaço usado para gravar o vídeo deve ter relação com o tema, ajudando a ilustrar o conteúdo. Se não for possível, opte por um fundo neutro. Por fim, verifique a luz. Veja se a cena está bem iluminada, se não há sombras. Às vezes, basta um abajur estrategicamente colocado para resolver o problema. Se for uma live, teste a conexão com antecedência.
Duração: A duração do vídeo deve ser a mais breve possível, entre dez e quinze minutos, variando de acordo com o segmento e o planejamento do conteúdo. Durações muito prolongadas cansam o espectador e provocam dispersão.
São pequenos detalhes que vão assegurar a transmissão correta da sua mensagem. E, por isso, devem ser cuidadosamente verificados. Falar pausadamente, articulando bem as palavras, conter gestos exagerados, mas sem perder a naturalidade, são dicas preciosas. E quando o objetivo for, por exemplo, ensinar algum tipo de exercício físico ou um trabalho manual, por exemplo, é preciso estudar sempre o melhor ângulo, aquele que permite a quem está assistindo compreender como deve ser executado. Completar o vídeo com outros recursos extras é outra maneira de enriquecer o material. Pode ser uma live, previamente agendada, para responder dúvidas ou recorrer ao reforço de um convidado, que possa agregar informações adicionais. Enfim, a produção audiovisual envolve um trabalho árduo com atenção plena aos detalhes, planejamento e muita disposição.
fonte: https://rushvideo.com.br/audiovisual-solucao-para-impulsionar-suas-vendas-no-mundo-pos-covid/